Para gerar valor, o conceito está
fortemente associado às tarefas de capturar, tratar, compartilhar, analisar e
visualizar informações que não são facilmente discerníveis em meio à grande
quantidade de dados a que estamos expostos.
Por exemplo, existe uma
fantástica quantidade de dados sobre os consumidores nas redes sociais que
estão disponíveis para análises das empresas dispostas a buscar oportunidades
de negócios ou expansão de seu mercado. Mas como analisar bilhões de postagens
que são feitas todos os dias por milhões e milhões de pessoas no Brasil, ou por
bilhões de pessoas no mundo? Como estratificar esse grande universo de dados?
Esse é o tipo de desafio que o Big Data se propõe a solucionar.
Muitas empresas pelo mundo estão
encarando este desafio de frente, aplicando o conceito e desenvolvendo técnicas
de análise de grandes volumes de dados e, com isso, tirando proveito na
construção de novas estratégias mercadológicas. À medida que o conceito vai
tornando-se popular, produtos e serviços vão se tornando melhores e mais
acessíveis e a tecnologia passa a ser viável também para as empresas médias e
pequenas, que podem usufruir dos mesmos recursos. Atualmente o uso do Big Data
ainda é considerado uma vantagem competitiva das empresas que investem nele,
mas em pouco tempo passará a ser comum e altamente disseminado.
Isso inclui o Brasil. Por aqui,
estima-se que em 2013 os produtos e serviços voltados para Big Data geraram R$
630 milhões de receita para as empresas de TI, o que o torna um segmento maior
do que, por exemplo, o de software de segurança eletrônica. Especialistas
estimam que o mercado cresça muito nos próximos quatro anos, chegando a um
faturamento de R$ 2,3 bilhões em 2017, praticamente triplicando de tamanho. Por
outro lado, isso ainda é uma fração do que é investido em Big Data no mundo.
Neste momento o Brasil representa apenas 1,8% do mercado mundial de Big Data, o
que significa que apesar das boas perspectivas, ainda temos muito a avançar
para estar próximos dos mercados mais desenvolvidos.
Esse avanço vai depender do
quanto as empresas locais vão utilizar o conceito. O Big Data tem de ser
entendido como um conjunto de equipamentos, softwares e serviços, e a
utilização deste pacote vai depender do dimensionamento da quantidade de dados
a ser processado e do tipo de resultado que a empresa quer produzir. A partir
daí, é preciso ter um servidor com a capacidade de processamento adequada, um
software de inteligência de negócios aderente às necessidades da empresa e um
serviço de implantação prestado por uma empresa que conheça a realidade do
segmento em que o Big Data será aplicado. De nada adianta possuir o equipamento
mais avançado e o software mais completo se não há clareza dos métodos a empregar
para obter o melhor resultado.
Bem utilizado, o Big Data pode
proporcionar aos gestores informações muito relevantes. Um bom exemplo é uma
empresa do setor de alimentos, que cruza informações sobre meteorologia com o
histórico de consumo de seus clientes ao longo de muitos anos – o que gera uma
quantidade gigantesca de dados. A partir da análise dessas informações, a
empresa desenvolveu um método de sugestão de venda baseado na previsão
meteorológica para a semana. Assim, se a meteorologia prevê queda de
temperatura de 5 graus a partir da quarta-feira com baixa umidade do ar, a
empresa já sabe quais serão os produtos mais procurados pelos consumidores
nesse período frio e seco; se a previsão é de frio e chuva, os produtos são
outros; se a previsão é de grande amplitude térmica (calor de dia e frio de
noite), o mix é diferente, e assim por diante.
Além de conseguir diagnosticar
QUAL produto vender, a empresa ainda pode propor com um grau bastante elevado
de acerto QUANTO de cada produto deve ser estocado, conforme o comportamento da
curva de giro – o que diminui a ruptura de estoque (e consequente perda de
vendas) e, por outro lado, o excesso de estoque. Essa capacidade diferenciada
de sugestão de vendas aumenta dramaticamente o giro, a rentabilidade e o volume
de vendas tanto da empresa quanto dos seus clientes, gerando benefícios em
cascata para toda a cadeia de valor.
Não há dúvida de que informação é
poder. É isso que o Big Data proporciona: seus usuários têm mais informação,
com grande efetividade e com instantaneidade. Assim, as empresas que possuem
recursos de Big Data estarão à frente dos concorrentes para aproveitar as
melhores oportunidades, agregar valor aos seus negócios e aos negócios de seus
clientes, gerando vantagem competitiva e sustentável a curto, médio e longo
prazo.
Fonte: Portal ERP (http://portalerp.com/blogs/entry/artigos/o-big-data-como-estrategia-para-o-sucesso-das-empresas)
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